Domínio Próprio

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Por isso mesmo, empenhem-se para acrescentar à sua fé a virtude; à virtude o conhecimento; ao conhecimento o domínio próprio;

2 Pedro 1:5,6

Ao longo desses últimos meses temos conversado sobre vários valores apontados pelo apóstolo Pedro no que tange à vida pela fé. Parece, realmente, que para os primeiros cristãos entendiam a fé como algo amplo, abrangente e que tinha direto impacto em absolutamente todos os aspectos da vida.

Uma espécie de fé vivida para fora à partir de convicções imputadas pelo Cristo Vivo por meio de seu exemplo.

É exatamente essa narrativa que Pedro continua utilizando em todos as caraterísticas que aponta nesse texto. É o divino poder manifesto em Cristo, o Redentor de vidas, que é quem nos permite seguir o caminho do domínio próprio.

Ao ler as narrativas de todos os Evangelhos é sempre possível ver Jesus sendo guiado pelos sentimentos e motivações corretas. Ele não estava errado nunca!

Já pensou nisso?

Suas ações, opiniões, gestos, palavras, sempre certos, o tempo todo. Confesso que tenho dificuldade de processar essa realidade. Acho que ele se conduzia de um modo muito particular e sua vida foi pautada pelo domínio próprio.

Às vezes me pego pensando em situações como a que Jesus enfrentou diante dos seus acusadores.

Como pôde o Criador, Deus encarnado, se sujeitar desse modo?

Como pode uma pessoa ter tanto autocontrole?

Somente pelo poder de Deus. Seu domínio próprio não era apenas para conter sua ira diante da injustiça, ou ainda em relação aos pecados da humanidade. Era para toda Sua vida.

Domínio próprio para não ser guiado pelo leme da ira.

Domínio próprio para ter compaixão.

Domínio próprio para vencer a morte, na hora certa.

Domínio próprio para perdoar.

Domínio próprio para me amar. Para te amar.

Selah.

Grande verdade é que a fé sem domínio próprio resulta em arrogância, e essa não combina com Jesus. O domínio próprio ao qual Pedro no lembra aqui é exatamente o oposto disso.

A resposta para que não queiramos efetuar a nossa própria justiça, ou sermos guiados pela arrogância como cegos é andar em constante domínio próprio.

Isso só é possível pelo empoderamento do Espírito Santo. Trata-se de algo espetacular, que muitas vezes, passa despercebido a nós.

Será que eu e você pensamos em nosso dia-a-dia que o Senhor nos deu seu poder para que tenhamos domínio próprio?

Que assim seja.

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Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens.

Filipenses 2:5-7